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Os 3 alimentos que inflamam o seu corpo

Os 3 alimentos que inflamam o seu corpo

O açúcar refinado

O açúcar branco é um dos ingredientes mais consumidos no mundo, mas também um dos mais prejudiciais à saúde. O consumo excessivo de açúcar branco pode causar diversos problemas, como obesidade, diabetes, cáries, envelhecimento precoce e inflamação crônica.

A inflamação é uma resposta do sistema imunológico a uma agressão ao organismo, como uma infecção, uma alergia ou uma lesão. Em geral, a inflamação é benéfica e ajuda na cicatrização e na eliminação de agentes nocivos. No entanto, quando a inflamação se torna persistente e desregulada, ela pode causar danos aos tecidos e órgãos, favorecendo o surgimento de doenças crônicas, como artrite, asma, doenças cardiovasculares, câncer e Alzheimer.

O açúcar branco contribui para a inflamação crônica de várias maneiras. Uma delas é que o açúcar branco é composto por glicose e frutose, dois tipos de carboidratos simples que são rapidamente absorvidos pelo organismo. Isso provoca um aumento súbito dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia), que estimula a liberação de insulina pelo pâncreas. A insulina é um hormônio que facilita a entrada da glicose nas células, mas também tem um efeito pró-inflamatório, pois ativa vias de sinalização que aumentam a produção de citocinas inflamatórias.

Outra forma pela qual o açúcar branco causa inflamação é que a frutose em excesso sobrecarrega o fígado, que é o órgão responsável por metabolizá-la. O fígado converte a frutose em gordura, que pode se acumular no próprio fígado (esteatose hepática) ou ser liberada na corrente sanguínea (hipertrigliceridemia). A gordura no fígado e no sangue aumenta o estresse oxidativo e a inflamação hepática, além de elevar o risco de resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

Além disso, o açúcar branco altera a microbiota intestinal, que é o conjunto de bactérias que habitam o intestino. O açúcar branco favorece o crescimento de bactérias patogênicas e reduz a diversidade e o equilíbrio da flora intestinal. Isso compromete a função da barreira intestinal, que impede a passagem de substâncias tóxicas e micro-organismos para a corrente sanguínea. Quando essa barreira é rompida, ocorre a translocação de endotoxinas (toxinas produzidas por bactérias), que ativam o sistema imunológico e desencadeiam uma resposta inflamatória sistêmica.

Portanto, o açúcar branco é um alimento altamente inflamatório, que pode prejudicar a saúde de diversas formas. Para evitar ou reduzir os danos causados pelo açúcar branco, recomenda-se limitar o seu consumo a no máximo 25 gramas por dia para mulheres e 37 gramas por dia para homens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, é importante substituir o açúcar branco por fontes naturais de carboidratos complexos, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais, que fornecem fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes que protegem o organismo da inflamação.

O trigo refinado.

O trigo refinado é um dos alimentos mais consumidos no mundo, mas também um dos mais prejudiciais à saúde. Ele é obtido a partir do processamento do grão de trigo, que perde grande parte de suas fibras, vitaminas, minerais e proteínas. O que sobra é um amido pobre em nutrientes e rico em calorias, que pode causar diversos problemas inflamatórios no organismo.

Além disso, o trigo refinado contém uma proteína chamada glúten, que pode desencadear uma resposta imunológica em algumas pessoas. O glúten pode provocar danos na parede intestinal e aumentar sua permeabilidade, permitindo que substâncias indesejadas entrem na corrente sanguínea e causem inflamação. Essa condição é mais grave em pessoas com doença celíaca ou alergia ao glúten, mas também pode afetar pessoas sensíveis à essa proteína.

Portanto, o trigo refinado é um alimento inflamatório que deve ser evitado ou reduzido na dieta. Ele pode ser substituído por farinhas sem glúten, como a de amêndoa, coco, quinoa e amaranto, ou por vegetais como alface, couve e couve-flor. Esses alimentos são mais ricos em fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, que ajudam a combater a inflamação e a prevenir doenças.

Fontes:

– 6 alimentos inflamatórios e como substituí-los – Dra. Christiane Fujii (https://christianefujii.com.br/6-alimentos-inflamatorios-e-como-substitui-los/)

– Série Alimentos e Inflamação: O Glúten É inflamatório? – Food Insight (https://portuguese.foodinsight.org/dieta-e-saude/serie-alimentos-e-inflamacao-o-gluten-e-inflamatorio/)

– 5 alimentos que inflamam o corpo e devem ser evitados (https://www.benegrip.com.br/saude/alimentacao/lista-de-5-alimentos-que-inflamam-o-corpo-por-que-evitar)

– Farinhas – entenda a diferença entre a refinada e a integral (https://minhacomidaedeverdade.wordpress.com/2019/01/18/farinhas-entenda-a-diferenca-entre-a-refinada-e-a-integral/)

– Porquê eliminar a farinha branca de nossa dieta? (https://www.saudecomozonio.com.br/2019/08/23/porque-eliminar-a-farinha-branca-de-nossa-dieta/)

O leite longa vida.

O leite é inflamatório?

Não há uma resposta simples para essa pergunta, pois o leite pode ter efeitos diferentes dependendo da pessoa que o consome e da quantidade ingerida.

Por um lado, o leite contém compostos bioativos que podem ter uma ação anti-inflamatória no organismo, como as proteínas do soro (whey), os peptídeos bioativos (casoína) e os ácidos graxos de cadeia curta (butirato). Esses compostos podem modular a resposta imunológica, reduzir os níveis de citocinas pró-inflamatórias e melhorar a saúde intestinal.

Por outro lado, o leite também contém substâncias que podem causar inflamação em algumas pessoas, como a lactose (açúcar do leite) e as proteínas do leite (caseína e beta-lactoglobulina). Essas substâncias podem desencadear reações alérgicas ou intolerâncias em indivíduos sensíveis, provocando sintomas como diarreia, gases, cólicas, náuseas, vômitos, urticária, rinite e asma.

Além disso, o leite integral possui uma quantidade significativa de gordura saturada e colesterol, que podem aumentar os níveis de LDL (colesterol ruim) e contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Portanto, o leite não é inflamatório para todos, mas pode ser para alguns. O ideal é consultar um médico ou nutricionista para avaliar se você tem alguma alergia ou intolerância ao leite ou seus derivados, e se você precisa restringir ou moderar o consumo dessa bebida.

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